Adaptado de http://www.caoguiabrasil.com.br/page/ocaoguia.asp e de Ria Slides
A formação de um Cão-Guia tem início com um rigoroso processo de seleção genética e comportamental. Depois de selecionado, próximo aos três meses, o cão inicia a fase de socialização, que se estende até, aproximadamente, o animal completar um ano de idade. Esta fase pode ser conduzida pelo treinador ou por uma família voluntária, que cuida do animal no seu primeiro ano de vida. Durante este processo o cão aprende a conviver em ambiente social, urinar e defecar apenas em locais apropriados e alguns comandos básicos para o convívio.
Terminada a primeira fase, inicia-se o treinamento específico, com duração aproximada de sete meses. Nos primeiros seis meses, o cão aprende a desviar de obstáculos, perceber o movimento do trânsito, identificar objetos, encontrar a entrada e saída de diferentes locais, entre diversas outras atividades. No último mês é realizado o treinamento para transformar a dupla composta pelo cão-guia e seu usuário em um time que interagirá com a mais perfeita harmonia.
O tempo total de treinamento é de 16-21 meses. Depois de treinados, os cães-guia identificam o movimento do trânsito, desviam de buracos, encontram as entradas e saídas de diferentes locais, localizam banheiros, escadas, elevadores, cadeiras, desviam de obstáculos altos, entre diversas outras habilidades.
COMO AGIR PERTO DE UM CÃO-GUIA
Antes de mais nada, saiba que ele é um cão de trabalho, e não um bichinho de estimação. Quanto mais ignorado pelas pessoas na rua, melhor será seu trabalho para si próprio e para seu dono.
Seu comportamento e trato são totalmente diferentes dos outros cães e ele deve ser respeitado em sua dupla função, de guia e fiel companheiro de seu dono.
Não o toque ou acaricie quando o encontrar trabalhando, ou seja, quando estiver usando a guia. Se você fizer isso, ele pode se distrair, quando jamais deveria falhar.
Não tenha medo! Os cães-guia são treinados e nunca seriam capazes de fazer mal, sem motivo.
Atenção! Se estiver acompanhado de um cão, controle-o para evitar que cause algum acidente quando passar ao lado do cão-guia e seu dono.
Não ofereça alimentos! Seu dono já se encarrega disso com esmero. Os cães-guia são bem alimentados e têm hora certa para comer.
Quando se dirigir a uma pessoa cega, com um cão-guia, fale diretamente com ela, e não com o cão.
Se um cego acompanhado de um cão-guia lhe pedir ajuda, aproxime-se pelo lado direito, de modo que o cão fique pela esquerda de seu dono. O cego pedirá que seu cão siga você, ou lhe pedirá que você ofereça seu cotovelo esquerdo. Neste caso, usará uma senha para indicar ao cão que este estará temporariamente fora de serviço.
Se um cego com cão-guia lhe pedir 
informações, dê as indicações com clareza, do sentido em que deve dobrar ou seguir para chegar ao local pedido.
Não se antecipe ou pegue o braço de um cego acompanhado de um cão-guia, sem antes conversar. Muito menos toque na guia do cão, pois a mesma é só para uso do cego que o acompanha.
Os cães-guia têm horários e lugares pré-determinados para fazer suas necessidades.
Um cão-guia está habituado a viajar em todos os meios de transporte, acomodado aos pés de seu dono, sem atrapalhar os passageiros, tanto dentro como fora do país.
Em virtude do seu rigoroso treinamento, os cães-guia estão habituados e capacitados a entrar e permanecer juntos aos seus donos em todos os tipos de estabelecimentos, sem causar alterações no funcionamento normal dos mesmos.
Nos locais de trabalho, os usuários de cães-guia estão capacitados para exercer suas funções com eles ao seu lado. Devido o treinamento que recebem, os cães-guia nunca vagam pelos recintos. Eles têm os mesmos direitos de seus donos, de gozar de livre acesso a todos os locais públicos.
